26 de agosto de 2011

18º Preceito - POSTAMO-NOS SEMPRE NA BIFURCAÇÃO ENTRE O BEM E O MAL



“Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal”

As pessoas têm liberdade para viver como quiserem
O interessante no ser humano é que lhe foi concedida a liberdade.
As pessoas têm liberdade para fazer o que quiserem. Foi-lhes concedido o direito de viver como desejarem, de acordo com a sua vontade. As pessoas têm, num âmbito maior, por exemplo, liberdade de provocar uma revolução, assim como, têm liberdade de realizar uma drástica reforma social para o bem da humanidade. 

Existe a liberdade de ficar sem fazer nada, a pessoa pode viver de forma ociosa e, da mesma forma, é próprio da liberdade humana fazer grande esforço diário para aperfeiçoar as habilidades, por exemplo, para se tornar um bom jogador de futebol.
Em suma, o homem tem liberdade para fazer coisas boas e construtivas e também tem liberdade para fazer coisas ruins e desonestas. Isto é um fato interessante na liberdade concedida ao homem. Existe a expressão: “Deus permite ao homem fazer tanto o bem como o mal”. A posição de Deus é que cabe a você escolher um caminho ou outro.

Como as pessoas têm liberdade sempre se encontram na bifurcação, ou seguem para a direita ou para a esquerda. O 18º Preceito que esclarece “Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal” nos orienta sobre isto.
Essa bifurcação é diferente daquela que determina o destino. Em outras palavras, foi imposto ao homem escolher o caminho em direção do bem ou do mal.

O que seria a “direção do bem” ou a “direção do mal”?
A direção do bem é aquela que Deus deseja, isto é, são os atos e as expressões que estão dirigidas para a paz, a harmonia, o progresso e a espontaneidade. Por outro lado, a direção do mal, obviamente, inclui atos que contrariam as leis, são atos opostos aos acima mencionados, ou seja, sentimentos e atos voltados para o retrocesso, a destruição, a passividade.

Nós costumamos julgar o bem e o mal baseados em “leis humanas” (aquilo que foi acordado entre as pessoas), por exemplo, se tal ato está violando a lei ou não, ou se está de acordo com a moral e os bons costumes. Mas as leis morais criadas pelo homem são diferentes para cada país e para cada povo, por isso não se pode generalizar se determinado ato é bom ou ruim.

Viva sempre atento
 Em quais parâmetros devemos nos basear para definir o que é o bem e o que é o mal? É na lei divina, isto é, nos atos e expressões que Deus  deseja para toda a humanidade. E o seu conteúdo é esclarecido nos 21 Preceitos da PL, série da qual este artigo faz parte.

O 5º Preceito cita: “Ao se deixar levar pela emoção, perde-se o eu”, ou seja, se a pessoa zangar-se ou ficar extremamente preocupada porque as coisas não correm conforme a sua vontade, pode-se dizer que está na direção do mal. E de acordo com o 10º Preceito – “Felicite a si e aos outros” – a pessoa que pensa apenas em si, ignorando e maltratando os outros, podemos dizer que está na direção oposta ao bem. Estes são alguns exemplos de que a pessoa está na direção do mal.

A cada situação que enfrenta, a pessoa fica diante da bifurcação e tem que escolher qual caminho seguir: viver pacificamente ou ficar irada, esforçar-se em compreender os outros ou ignorá-los. Pode-se dizer que a soma dessas escolhas irá determinar a felicidade ou infelicidade desta pessoa.

Mencionamos há pouco: “a cada situação que enfrenta”, porque na realidade não se sabe o que irá acontecer no mundo.
Especialmente nos dias de hoje, em que ocorrem mudanças bruscas – como a empresa que você trabalha repentinamente abrir falência, ou um produto fazer um sucesso comercial inesperado – é difícil fazer previsões.

Portanto, surgem com certa freqüência problemas considerados inconvenientes, contrários às previsões. Quando surgem problemas as pessoas ficam nitidamente na bifurcação entre o bem e o mal, tendo que escolher qual rumo seguirão ou qual atitude irão tomar.
Dependendo da maneira de encarar a situação: reconhecer o problema e enfrentá-lo de maneira positiva ou achar que encontrou o azar e ficar receoso, as conseqüências serão diferentes.

Mesmo compreendendo que estamos sempre diante dessa bifurcação, com que sentimento devemos enfrentar na prática a vida cotidiana? O importante é viver atento. Em outras palavras, seria viver cheio de vontade e conscientemente. Quando a pessoa tem essa postura positiva tem uma reação adequada em relação aos acontecimentos.

E não há necessidade de pensar que viver assim é difícil. Ao enfrentar algum problema é preciso ter calma para pensar: “Como está a situação?”. É algo semelhante a: quando se vai atravessar a rua, observar os dois lados e pensar “Será que agora dá para atravessar?”. Podemos dizer que isto é estar atento e estar com postura positiva.

Se não nos descuidamos, mesmo quando as coisas estiverem favoráveis, e vivermos com a atenção adequada, teremos condições de rumar em direção a uma vida ativa e feliz.

Fonte: Revista PL No. 166

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