25 de agosto de 2011

3º Preceito - O EU É A MANIFESTAÇÃO DE DEUS



“O Eu é a manifestação de Deus”

Nos preceitos da PL, na seqüência do segundo item – “A vida do homem é auto-expressão” – segue o terceiro esclarecendo que “O eu é a manifestação de Deus.
Significa que o homem (EU) é um ser que faz parte de Deus.
Deus é o Todo que envolve Tudo. Em palavras mais simples, Deus é a grande natureza ampla e infinita e o homem é uma parte do Todo.
Deus fez surgir neste mundo o homem e, simultaneamente, fez surgir todos os fenômenos: montanhas, rios, plantas, árvores, aves, animais, peixes e tudo mais, fluindo num ritmo de tempo lento e tranqüilo. A vontade de Deus (aqui empregamos a palavra vontade no sentido de “lei divina”) ao criar o homem é de que todas as coisas – plantas, aves, peixes, microorganismos só observados com microscópio, sentimentos, pensamentos, o grande universo que se desenvolve... – tudo fosse gerenciado pelo homem. Mais ainda, todas as coisas consideradas Verdade existem tendo o ser humano como o seu ponto central e, ciente disso, o homem as utiliza, as emprega e as adapta.
Isto é, Deus fez surgir o ser humano neste mundo para administrar todos os fenômenos criados por Ele. Portanto, como um agente utilizador dessas criações, é evidente que podemos dizer que o homem (Eu) é a manifestação de Deus.
Detalhando um pouco mais, originariamente Deus não se regozija fazendo algo por si mesmo. É o homem que imagina diversas coisas e vai criando, fazendo arte. Tudo é o homem que, no lugar de Deus, o faz. Na realidade, Deus concedeu ao ser humano a liberdade de poder executar, expressar qualquer coisa.
Deus, sozinho, não consegue fazer nada. É com o ser humano que se inicia o “fazer arte” (pesquisar, desenvolver, reformar, criar) em tudo que existe neste mundo.
Além do mais, Deus fez surgir vários fenômenos, mas quem reconhece a existência de Deus é apenas o ser humano. E quem sente alegria saboreando a obra divina ilimitada, sentindo-a em seu íntimo, tendo ciência de Deus, é o ser humano. De fato, o homem é a manifestação de Deus e, pensando nisso, podemos ter certeza de que não existe ser mais sublime do que o homem.
  
O Eu dentro do Todo

 Aqui, é preciso chamar atenção sobre um ponto: como foi dito, o homem existe dentro de um Todo. A sua existência não é algo independente, simplesmente como homem. Não é possível pensar no homem fora deste contexto do Todo. Isto é, o indivíduo existe dentro de um todo em que está inserido. É necessário reconhecer que não se pode pensar no homem fora deste universo. Quando não está ciente deste fato, o ser humano se torna caprichoso, fazendo ocorrer algum fato inadequado.
Citando um exemplo corriqueiro: em relação às pessoas com as quais convivemos no cotidiano, quando nos deixemos levar pelas emoções e as menosprezamos, podemos ser menosprezados por elas e passarmos por situações desagradáveis. Este quadro está relacionado aos nossos caprichos, quando as coisas que desejamos não são como desejamos.
Um outro exemplo é com o clima – chover ou nevar –, que é um dos fenômenos que nos envolve. Reclamar do tempo é também um dos caprichos de pensar apenas nas próprias conveniências.
Todos nós fazemos refeições. Mas, se uma pessoa pensa que, por se tratar de seu próprio alimento, pode já na primeira garfada, percebendo que não é do seu agrado, jogar o restante fora, este ato também é um capricho de pensar apenas nas próprias conveniências. Neste caso também, certamente, receberá uma advertência de Deus (mishirassê). Deve ser esclarecido que, se o indivíduo estiver pensando que existe só ele (não existe quem fez o alimento, quem o serviu, etc.), isto é um pensamento equivocado.
Não apenas em relação às pessoas, mas é importante a conscientização de que nós vivemos numa interação com todas as coisas que nos envolve, onde se inclui o próprio homem. Em outras palavras, precisamos reconhecer que todas as coisas existentes neste mundo, todas as coisas que nos envolve, são matérias para a nossa arte.
Cientes disso, podemos compreender que reclamar das pessoas, sentir insatisfação no trabalho ou em relação aos fatos, a ira, a pressa, o receio, a tristeza, são coisas desnecessárias e sem fundamento, sem razão de ser, pois tudo é matéria para a nossa arte.
Ao tomar conhecimento de que não existe o Eu isolado do Todo, podemos entender a maioria das coisas do mundo e, compreendendo-as, é possível vivermos com discernimento e alegria.
  


Fonte: Revista PL  No. 151
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br

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