3 de setembro de 2011

21º Preceito - VIVA NA VERDADEIRA LIBERDADE




 “Viva na Verdadeira Liberdade”


Não se apegue às pessoas, fatos e objetos
“Viva na Verdadeira Liberdade” significa também “viva a verdadeira liberdade”.
Ao ouvir este Preceito a pessoa pode sentir-se aliviada, como se algo que não estava claro em seu íntimo tivesse sido desvendado.

Todas as pessoas têm sede de liberdade e um forte desejo de viver livremente. E, quando se trata da “liberdade verdadeira”, ela provoca uma sensação de grande expectativa no íntimo das pessoas.
Desde o término da guerra-fria, o conflito entre o comunismo e o capitalismo, ocorreram diversas mudanças e hoje em dia vivemos uma situação em que estão aumentando os conflitos entre as etnias, em diversas partes do mundo. Acredito que as causas estão principalmente no desejo de se querer mais liberdade. O ser humano deseja a liberdade mais do que qualquer coisa. A procura pela liberdade deve se manter ainda, daqui pra frente.

Sinto que a liberdade que geralmente as pessoas procuram tem origem na vontade de não querer sofrer limitações, de não querer sofrer interferências.
Mas o que significa “Viver na Verdadeira Liberdade”, de acordo com a determinação do Preceito da PL? Falando de maneira clara, seria uma maneira de viver sem o sentimento do apego.

Qual o segredo para se viver com plena liberdade e de maneira natural, e ainda com flexibilidade e entusiasmo, sem ficar preso somente ao próprio sentimento – fazendo as coisas predeterminando “tem que ser assim”, “não pode ser assado” ou sentindo-se insatisfeito porque as coisas não correm de acordo com a sua vontade? È não ter o sentimento do apego, ou seja, não se apegar às pessoas, fatos e objetos.
Quando o ser humano possui o sentimento do apego torna-se fraco.

No mundo existem dois tipos de pessoas: aquele que consegue se expressar com firmeza em qualquer situação e outro que não consegue. Existem pessoas que agem de forma “limpa” e clara, sem fazer cerimônia, ou seja, falam o que deve ser dito, fazem de forma ágil o que devem fazer, exigem quando for preciso exigir. Mas muitas pessoas não conseguem agir assim, mesmo querendo ser assim.

Por que essas pessoas não conseguem? No final das contas é porque têm o sentimento do apego. Em outras palavras, estão presas a algo e querem se poupar de algum desgaste. O apego a si próprio, por exemplo: querer ser bem visto pelos outros; querer não ser desgostado pelos outros; desejar não ter prejuízo material; recear ter o seu cargo ameaçado, e outras preocupações, faz com que a pessoa fique fraca. E também restringe a sua própria liberdade.

 Expresse-se de forma livre e ampla dentro das regras
Como foi mencionado anteriormente, o ser humano originalmente não possui o “ego”. O que ele possui é o “eu vivificado por Deus”.

Portanto, tudo o que surge à sua volta e todos os resultados vêm da Providência Divina, ou seja, são ***Obras Divinas***. Aceitar tudo pensando dessa forma e proceder usando a criatividade é a melhor forma de se viver. Ao se apegar às pessoas, aos fatos, à posição social, ao dinheiro e aos objetos, fica-se cada vez mais fraco. A pessoa não sente, no íntimo, alegria e empolgação. Em vez disso, deve-se esforçar dedicando o máximo de sinceridade, com o estado espiritual de deixar tudo nas mãos de Deus: é aí que surge o sabor peculiar e a alegria da auto-expressão, e também o significado da vida do ser humano.

Viver sem se apegar, sem ser dominado por nada e considerando que o resultado vem da Providência Divina, em outras palavras, viver com o sentimento tranqüilo e alegre, viver de forma livre – é assim que se consegue viver no estado espiritual da verdadeira liberdade.
Geralmente, quando se fala em liberdade a idéia é fazer de forma arbitrária aquilo que se gosta, fazer ao sabor de sua vontade. Porém, na vida do ser humano existem limites que não podem ser eliminados de forma alguma, que são as leis divinas (leis que regem o universo) e as leis humanas (leis e regras da sociedade).

As leis divinas estão expressas nos 21 Preceitos da PL e as leis humanas são regras vigentes na sociedade ou normas locais  de um grupo. Ás vezes, podemos nos sentir presos a essas regras, mas pensando um pouco compreenderemos que os regulamentos e os limites foram criados para que possamos viver a vida em sociedade de forma livre e segura. Citemos como exemplo a regulamentação do horário de trabalho, as leis de trânsito e decretos quanto à coleta de lixo: se não existissem estes regulamentos ficaria inconveniente para todos. 

Dentro das regras é que se pode expressar de forma livre, como o caso de um artista plástico que pode pintar dentro do limite de um quadro. “Expressar-se de forma livre e ampla dentro das regras” é a melhor forma para se viver. A vida é arte e é uma seqüência de auto-expressões. Nos é permitido ter muita força de vontade, e se necessário for, ter grandes apegos. Mas o importante é que ao surgir algum problema abandonemos o apego. Basear-se em Deus, ter o sentimento de entregar tudo nas mãos de Deus e esforçar-se com toda sinceridade – aí existe a verdadeira liberdade.

Fonte: Revista PL No. 169

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