3 de setembro de 2011

20º Preceito - VIVA NO ESTADO DE PERFEITA UNIÃO MATERIAL-ESPIRITUAL




 “Viva no estado de perfeita união material-espiritual”


Quanto mais dedicamos o nosso sentimento mais os objetos ganham vida e tornam-se úteis
Ao ouvir: “Viva no estado de perfeita união material-espiritual” pode ser que as pessoas sintam certa dificuldade para entender, mas resumindo isto significa – viva no estado espiritual de união entre o “eu” e o objeto com o qual está se relacionando (a perfeita união é um estado em que as duas partes se apresentam de forma completa).

Explicando de forma mais fácil, o Preceito nos orienta para realizarmos todas as coisas e utilizarmos todos os objetos dedicando o nosso sentimento.
Os objetos aqui citados não são apenas os materiais concretos como o dinheiro e os objetos em geral, mas também incluem assuntos, situações, aparências, maneiras de proceder ou ainda posições na sociedade e status, ou seja, todas as coisas, exceto os sentimentos. Da mesma forma que quando o corpo e o sentimento se unem temos a existência do ser humano, somente quando o objeto e o sentimento se unem tudo se completa. Isto é, não seria exagero afirmar que, quaisquer que sejam as coisas, assuntos ou maneiras de proceder, se não nos dedicarmos com sentimento não haverá quase nenhum significado.

Um bom exemplo é um ramo de flor num vaso colocado sobre a mesa: se a pessoa que o colocou o fez com sentimento, ele pode proporcionar um certo clima agradável e aconchegante. Mesmo os utensílios domésticos, louças e talheres, existem os que são feitos manualmente e os que são produzidos em grande escala, industrialmente. Embora não haja diferença na utilização, pode haver diferença na beleza ou na sensação que causam no momento em que são utilizados.

Mesmo os objetos produzidos em massa, quando tratados com carinho e dedicação especial, dependendo do sentimento da pessoa que os utiliza, seu valor pode aumentar. Ou seja, quando a pessoa utiliza os objetos dando-lhes vida, nasce um tipo de harmonia e beleza da união entre o objeto e o sentimento. É aí que está a importância de realizarmos e utilizarmos todas as coisas dedicando nosso sentimento.
Citamos apenas pequenos exemplos do dia-a-dia, mas em relação às grandes questões, como, por exemplo, a administração de uma empresa, é a mesma coisa.

Nos mais variados setores, como o de produção, de comércio exterior ou de armazenagem e distribuição, o princípio básico do trabalho é o quanto aquela atividade vai felicitar as pessoas. Se em vez do sentimento do cliente, o administrador priorizar o lucro não estará dedicando o seu sentimento. Como conseqüência, podem surgir defeitos na fabricação, queda nas vendas ou desarmonia dentro da empresa, ou seja, as pessoas não se sentirão bem. È porque não está havendo “arte”.

Utilize o dinheiro de acordo com a sua consciência
Apesar da palavra “material” da frase “perfeita união material-espiritual” referir-se aos assuntos do dia-a-dia, ou aos métodos para executar um trabalho, a primeira coisa que vem à mente provavelmente seja o dinheiro, indispensável para se viver em sociedade.

Nas artes profissionais como a pintura e a música, nos trabalhos do cotidiano ou na maneira de utilizar os objetos do dia-a-dia, é relativamente fácil de compreender como fazer a união entre o objeto e o sentimento. Mas quando se trata de dinheiro pode faltar tranqüilidade, a pessoa pode deixar-se levar pela emoção, assim existe uma certa dificuldade. Pode ser que isto ocorra, em grande parte, devido às influências negativas do sentimento de apego ao dinheiro herdado dos antepassados.

O dinheiro é necessário ao homem como matéria prima para a sua auto-expressão, para que possa desfrutar das dádivas da civilização da época e possa levar uma vida agradável e feliz, rica culturalmente. Com estes objetivos basta utilizar o dinheiro sem pena: a quantia necessária no momento necessário.
Ao utilizar o dinheiro o sentimento da pessoa fica incorporado a ele. É importante utilizar o dinheiro dedicando sentimento, ou então, fazer o sentimento acompanhar o dinheiro. Isto é, dependendo do sentimento da pessoa que o utiliza, o dinheiro pode adquirir vida ou se tornar imprestável.

A chave está no fato da pessoa estar depositando ou não o seu sentimento no dinheiro, estar ou não utilizando de forma consciente e se a sua utilização está ou não equilibrada com as suas condições.
Dinheiro e objetos: a melhor maneira de utilizá-los é de forma equilibrada, sem apego nem distanciamento. 

Com certeza a pessoa estará feliz se utilizar o dinheiro de acordo com a sua consciência, e se estiver feliz podemos dizer que o seu sentimento acompanha o dinheiro e os objetos.
Enfim, fazer Makoto (dedicação) a tudo com o sentimento voltado a Deus proporciona uma auto-expressão prazerosa.

Fonte: Revista PL No. 168


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