26 de agosto de 2011

18º Preceito - POSTAMO-NOS SEMPRE NA BIFURCAÇÃO ENTRE O BEM E O MAL



“Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal”

As pessoas têm liberdade para viver como quiserem
O interessante no ser humano é que lhe foi concedida a liberdade.
As pessoas têm liberdade para fazer o que quiserem. Foi-lhes concedido o direito de viver como desejarem, de acordo com a sua vontade. As pessoas têm, num âmbito maior, por exemplo, liberdade de provocar uma revolução, assim como, têm liberdade de realizar uma drástica reforma social para o bem da humanidade. 

Existe a liberdade de ficar sem fazer nada, a pessoa pode viver de forma ociosa e, da mesma forma, é próprio da liberdade humana fazer grande esforço diário para aperfeiçoar as habilidades, por exemplo, para se tornar um bom jogador de futebol.
Em suma, o homem tem liberdade para fazer coisas boas e construtivas e também tem liberdade para fazer coisas ruins e desonestas. Isto é um fato interessante na liberdade concedida ao homem. Existe a expressão: “Deus permite ao homem fazer tanto o bem como o mal”. A posição de Deus é que cabe a você escolher um caminho ou outro.

Como as pessoas têm liberdade sempre se encontram na bifurcação, ou seguem para a direita ou para a esquerda. O 18º Preceito que esclarece “Postamo-nos sempre na bifurcação entre o bem e o mal” nos orienta sobre isto.
Essa bifurcação é diferente daquela que determina o destino. Em outras palavras, foi imposto ao homem escolher o caminho em direção do bem ou do mal.

O que seria a “direção do bem” ou a “direção do mal”?
A direção do bem é aquela que Deus deseja, isto é, são os atos e as expressões que estão dirigidas para a paz, a harmonia, o progresso e a espontaneidade. Por outro lado, a direção do mal, obviamente, inclui atos que contrariam as leis, são atos opostos aos acima mencionados, ou seja, sentimentos e atos voltados para o retrocesso, a destruição, a passividade.

Nós costumamos julgar o bem e o mal baseados em “leis humanas” (aquilo que foi acordado entre as pessoas), por exemplo, se tal ato está violando a lei ou não, ou se está de acordo com a moral e os bons costumes. Mas as leis morais criadas pelo homem são diferentes para cada país e para cada povo, por isso não se pode generalizar se determinado ato é bom ou ruim.

Viva sempre atento
 Em quais parâmetros devemos nos basear para definir o que é o bem e o que é o mal? É na lei divina, isto é, nos atos e expressões que Deus  deseja para toda a humanidade. E o seu conteúdo é esclarecido nos 21 Preceitos da PL, série da qual este artigo faz parte.

O 5º Preceito cita: “Ao se deixar levar pela emoção, perde-se o eu”, ou seja, se a pessoa zangar-se ou ficar extremamente preocupada porque as coisas não correm conforme a sua vontade, pode-se dizer que está na direção do mal. E de acordo com o 10º Preceito – “Felicite a si e aos outros” – a pessoa que pensa apenas em si, ignorando e maltratando os outros, podemos dizer que está na direção oposta ao bem. Estes são alguns exemplos de que a pessoa está na direção do mal.

A cada situação que enfrenta, a pessoa fica diante da bifurcação e tem que escolher qual caminho seguir: viver pacificamente ou ficar irada, esforçar-se em compreender os outros ou ignorá-los. Pode-se dizer que a soma dessas escolhas irá determinar a felicidade ou infelicidade desta pessoa.

Mencionamos há pouco: “a cada situação que enfrenta”, porque na realidade não se sabe o que irá acontecer no mundo.
Especialmente nos dias de hoje, em que ocorrem mudanças bruscas – como a empresa que você trabalha repentinamente abrir falência, ou um produto fazer um sucesso comercial inesperado – é difícil fazer previsões.

Portanto, surgem com certa freqüência problemas considerados inconvenientes, contrários às previsões. Quando surgem problemas as pessoas ficam nitidamente na bifurcação entre o bem e o mal, tendo que escolher qual rumo seguirão ou qual atitude irão tomar.
Dependendo da maneira de encarar a situação: reconhecer o problema e enfrentá-lo de maneira positiva ou achar que encontrou o azar e ficar receoso, as conseqüências serão diferentes.

Mesmo compreendendo que estamos sempre diante dessa bifurcação, com que sentimento devemos enfrentar na prática a vida cotidiana? O importante é viver atento. Em outras palavras, seria viver cheio de vontade e conscientemente. Quando a pessoa tem essa postura positiva tem uma reação adequada em relação aos acontecimentos.

E não há necessidade de pensar que viver assim é difícil. Ao enfrentar algum problema é preciso ter calma para pensar: “Como está a situação?”. É algo semelhante a: quando se vai atravessar a rua, observar os dois lados e pensar “Será que agora dá para atravessar?”. Podemos dizer que isto é estar atento e estar com postura positiva.

Se não nos descuidamos, mesmo quando as coisas estiverem favoráveis, e vivermos com a atenção adequada, teremos condições de rumar em direção a uma vida ativa e feliz.

Fonte: Revista PL No. 166

17° Preceito - CAPTE O PONTO CENTRAL


“Capte o ponto central”

Conscientize-se do significado e do objetivo da vida
Com que objetivo você está freqüentando a escola no momento?
Com que objetivo você está trabalhando no emprego atual?
A estas perguntas, como você responderia? Imagino que poucas pessoas dariam uma resposta convicta e clara.

Na sociedade em que vivemos surgem os mais variados acontecimentos. Há acontecimentos que nos deixam felizes, alegres e, ao mesmo tempo, há fatos jamais esperados e fatos inconvenientes. A sucessão desses acontecimentos constitui o nosso dia-a-dia. Quando a pessoa possui uma postura e um objetivo de vida bem definidos consegue resolver de forma relativamente fácil qualquer problema que surja, por ter como referência esse objetivo.

Falando direta e claramente, este 17º Preceito, que esclarece “Capte o ponto central”, nos orienta para vivermos captando (compreendendo bem) o ponto central da vida.
O ponto central da vida é o significado e o objetivo da vida. O homem é feliz quando possui objetivo e significado de vida bem definidos e vive de acordo com esse objetivo. Ao contrário, quando a pessoa vive indiferente e sem objetivo definido serão raros os momentos de forte alegria e ela vai acabar levando uma vida melancólica.

A princípio, tudo o que existe neste mundo, a começar pela família, a sociedade, o povo, a nação e outras formas de agrupamentos, todos os objetivos e fatos, todos eles possuem cada qual o seu ponto central.
No caso dos  objetos, qualquer corpo material possui um ponto central, o seu centro de gravidade. Com isso conserva a harmonia de sua existência. Da mesma forma, o ponto central é a própria vida de cada existência, e o ser humano foi criado para captar e compreender esse ponto central e para se dirigir a esse ponto central. 

Esse fato parece muito difícil de compreender, mas é de extrema importância.
Na sociedade, quando se reúnem algumas pessoas, inevitavelmente surge uma que se torna líder do grupo (ponto central).

No lar o chefe de família é o ponto central. Na empresa o presidente da firma é o ponto central. Quando se diz chefe de família não é obrigatório que seja o homem ou o esposo. É interessante, por exemplo, definir a esposa como ponto central (líder) em determinado período. No caso do presidente da firma pode-se definir o seu mandato por três anos e, após este período, reavaliar sem falta o cargo.

Drirja o seu sentimento à pessoa que é o ponto central
Ser líder (o ponto central) não significa ser superior. Surge uma harmonia construtiva quando o ponto central funciona como ponto central.

No caso da empresa, quando o líder (ponto central) auxilia os outros a compreender o ponto central da firma e esforça-se para facilitar a ação dos outros e os funcionários esforçam-se para compreender a intenção do presidente, todos trabalhando com afinco e amizade, toda a empresa harmoniza-se e isto proporciona a felicidade de toda a empresa. O mesmo pode-se dizer em relação à empresa.

No caso de cada um de nós, conscientizar-se ou não do objetivo da vida está profundamente ligado com o grau de felicidade e com o grau de tranqüilidade do espírito.
Explicando melhor, isto é uma postura em relação à vida.
No dia-a-dia é o reconhecimento do: “Para que estou fazendo isto agora?”. Em outras palavras, é conhecer o significado e a importância daquilo que se faz e conscientizar-se do seu objetivo.

Nos grandes centros urbanos muitas pessoas lotam ônibus, trens e metrôs para irem ao trabalho todos os dias. Se a pessoa pensa: “Hoje também tenho que ir à firma para fazer aquele mesmo trabalho”, não há nada mais infeliz do que isto.

Pode ser que haja pessoas que pensem: “O objetivo da vida? Isto é muito rígido e formal”, ou “Por enquanto não quero ter nenhum em especial”. Outras vezes o objetivo ou a meta pode mudar.
Portanto, falando de forma simples, basta fazer as coisas na direção que julga ser melhor e de maneira alegre.

Baseado em sua consciência, decidir com firmeza se vai fazer assim ou assado, ou se essa direção é a melhor, é a chave para você levar uma vida plena, uma vida repleta de alegrias e realizações.

Fonte: Revista PL No. 165

16º Preceito - TUDO PROGRIDE E SE DESENVOLVE


“Tudo progride e se desenvolve”

O mundo desenvolve-se e progride na direção de uma maior harmonia
Na época atual, em que o mundo encontra-se em desordem, sem perspectiva de melhoras, tanto política como economicamente, este 16º Preceito – “Tudo progride e se desenvolve”- nos dá uma sensação agradável como um raio de sol que aparece entre as nuvens.

“Tudo progride e se desenvolve” significa ao pé da letra que tudo, qualquer coisa neste mundo, progride e se desenvolve e caminha em direção ao progresso e ao desenvolvimento. Isto é a lei fundamental do universo.
Em outras palavras, o mundo a Obra Divina desenvolve-se e progride na direção de uma maior harmonia, mudando e evoluindo constantemente.

A evolução na área científica e tecnológica nos últimos 100 anos é algo notável. No início do século XX foi inventado o avião, 70 a 80 anos depois surgiu o avião supersônico, depois o foguete espacial e atualmente a estação espacial tornou-se uma realidade. O progresso da tecnologia de informação, como é do conhecimento de todos, é espantoso.
Neste mundo, nesta sociedade existem os altos e baixos, mas podemos constatar esse contínuo progresso e desenvolvimento ao observarmos um longo período.

Esteja preparado para viver de acordo com a época
Para acompanhar a constante evolução de todas as coisas do mundo, cada um de nós deve se esforçar para a elevação e o progresso de si próprio.
O estilo de vida ou modo de viver muda independentemente do fato de gostarmos ou não. Portanto, caso desejo levar uma vida rica de sentimento é importante aceitar a realidade reconhecendo as mudanças do mundo sem desgostar a esmo delas.

Podemos afirmar que o que bloqueia nosso progresso individual é o vício espiritual da teimosia. A pessoa teimosa acredita piamente que o seu pensamento é correto e dificilmente aceita outros que não estejam de acordo com as suas preferências (opiniões, idéias, maneiras, métodos, etc). E também se tornou hábito não pensar que podem existir entre os pensamentos e métodos de outras pessoas alguns melhores que os nossos.

Isso é a mesma coisa que não admitir a necessidade de absorver novos conhecimentos para si. Significa que a pessoa está recusando o seu próprio progresso. O Segundo Fundador freqüentemente falava que o teimoso se isola. A atitude de não apreciar coisas novas ou diferentes, por possuir um padrão rigidamente determinado, faz com que a pessoa fique impedida de ser agraciada com novas idéias em seu trabalho e também fique defasada em relação à evolução do tempo.

O homem tem a tendência natural de buscar novas coisas continuamente. Podemos observar isto na evolução do telefone celular. A tecnologia do maquinário, a moda do vestuário, o alimento, as artes plásticas, a música, a tecnologia da medicina e também a organização da sociedade mudam constantemente em direção ao progresso. Esta é a realidade deste mundo.

Caso a pessoa não tenha a sensibilidade aguçada e não esteja sempre preparada para viver de acordo com a época, sua vida perde o interesse. Para isso não acontecer é importante, diante das obras divinas que se desenvolvem e progridem, a postura de nunca ter idéias predeterminadas, observar as obras divinas minuciosamente, adaptar-se a elas e aprecia-las de forma espontânea.

Fonte: Revista PL No. 164

15º Preceito - TUDO É ESPELHO



“Tudo é espelho”

O espelho que reflete tudo que existe no mundo
No mundo existem diversos fenômenos. Em se tratando das pessoas, eles podem ser definidos como os fatos reais que acontecem na vida, as outras pessoas e o ambiente que as envolve, situações que parecem felizes ou infelizes, várias circunstâncias no lar, a sorte e o azar, várias oportunidades que surgem casualmente, inclusive encontros com as pessoas, a alegria e o sofrimento relacionados aos filhos...

Nós vivemos dentro dessa variada realidade. Este 15º Preceito nos ensina que tudo isso é o espelho da própria pessoa, ou o espelho de um grupo, ou, ás vezes, o espelho de uma sociedade.
O espelho reflete uma figura idêntica, mas o espelho abordado neste Preceito reflete não somente a imagem mas também o seu conteúdo. Isto é, todas as obras divinas (situações e circunstâncias) que ocorrem no mundo do ser humano se desenrolam como um espelho que reflete cada momento e cada situação de forma sutil. Podemos dizer ainda, o que acontece ao nosso redor é o reflexo de tudo que existe em nós mesmos.

Por exemplo, no caso das pessoas que amam a beleza das obras de cerâmica, quanto mais elas amam essas obras mais as obras ganham vida e atuam em seu benefício e podem passar a elas vários ensinamentos em momentos oportunos. As pessoas que amam as flores são confortadas por elas, na mesma medida do grau de amor. As pessoas que amam outras pessoas e são gentis com elas também são amadas.
Ao contrário, quem odeia alguém será odiado também. Quem fala mal dos outros será mal falado pelos outros. Para quem se preocupa e sente receio diante de qualquer coisa, surgem fatos preocupantes uns atrás dos outros.

Isto pode ser dito também em relação ao trabalho. Muitas pessoas desgostam ou evitam os serviços que não são de sua preferência. Se nós desgostamos ou evitarmos serviços ou pessoas, o fato vai se refletir como um espelho e da mesma forma vão nos evitar e desgostar.
Mesmo que não seja de nossa preferência, se nos esforçarmos para compreender, certamente aprenderemos algo novo. Mesmo no serviço que você não sinta vontade de executar, deve tentar empenhar-se ao máximo, pensando: já que tenho que fazer, vou fazer com afinco. Assim, com certeza, você vai apreciar o sabor e a alegria que este serviço possui.

  Viver sem insegurança
Em resumo, ao se realizar qualquer coisa, quanto mais a pessoa dedica-se e empenha-se, mais vida aquela tarefa ganhará e mais o apoiará. Quem faz de qualquer jeito só terá resultados correspondentes. Os que empenham Makoto (dedicação) no grau 10 terão resultado 10, quem empenha 100 terá 100. Assim, tudo surge como um fenômeno que é proporcional ao Makoto (dedicação)  e à sinceridade da pessoa. Esses fenômenos, além de refletirem o atual estado da pessoa, também refletem seu passado. As ***Obras

Divinas*** nessas circunstâncias são realmente muito minuciosas, são um reflexo exato.
A situação atual das pessoas é o reflexo dos seus atos e, além disso, também dos seus pensamentos.
No mundo existem pessoas otimistas e pessimistas. As pessoas que interpretam os fatos de maneira negativa, mesmo que estejam em boa situação, têm receio e pensam: “Agora está tudo bem, mas pode piorar no futuro”. Ao contrário, a pessoa positiva dificilmente tem pensamentos pessimistas ou de receio. Diz: “Bem, dá-se um jeito”, “Com certeza vai dar certo”.

Como tudo é espelho, quem tem pensamentos pessimistas e interpreta as situações de maneira negativa terá isto refletido inteiramente, provocando um resultado negativo. Já para quem interpreta de maneira positiva, isto também vai se refletir gerando um resultado positivo.
Há um aspecto que não se deve esquecer dentro deste Preceito, que é “o filho é espelho”. A criança existe para beneficiar o adulto, ela é o espelho que ensina algo para o adulto.

Por exemplo, quando a criança fala algo absurdo isso sempre é um reflexo dos atos e dos pensamentos sem sinceridade dos pais ou dos adultos ao redor. Pode ser o reflexo do presente ou do passado. Todos os hábitos, todas as doenças, todos os gestos, assim como as ingenuidades, os bons comportamentos da criança são reflexos das atitudes dos pais e, numa escala mais ampla, podemos afirmar que são espelhos de todos os adultos que ela tem contato.

Ao compreender e se conscientizar sobre o que é “Tudo é espelho”, pode-se viver com a mente clara e sem insegurança.

 Fonte: Revista PL No. 163

14º Preceito - TUDO É E EXISTE PARA A PAZ MUNDIAL



“Tudo é e existe para a Paz Mundial”.

Em setembro de 2001 aconteceram os atentados terroristas que ultrapassaram os limites da nossa imaginação, entre eles o que ocorreu em Nova Iorque. Desde então, com a justificativa de eliminar grupos que cometem atos de destruição, iniciou-se um longo período de combates em grande escala. Mesmo neste novo século, não há indícios do cessar fogo.

Acredito que, algum dia, os seres humanos vão por fim ao ato horroroso de guerrear, odiando e matando uns aos outros, apesar de todos serem filhos de Deus e terem nascido neste mundo possuindo cada um a sua peculiaridade. Mas se indagarmos se a verdadeira paz vai se iniciar quando terminarem as guerras, isto é muito duvidoso.

A PL considera como paz verdadeira um mundo, obviamente sem guerras, mas, além disso, um mundo onde todos os seres humanos possam realizar livremente a sua auto-expressão e saborear esta alegria com liberdade. O 14º Preceito, que esclarece “Tudo é e existe para a Paz Mundial”, não é apenas uma frase que representa a síntese do desejo de toda a humanidade, e sim uma “verdade”. É importante que interpretemos dessa forma.

Ou seja, mesmo dizendo que a vida é “arte” e que a vida do homem existe para a auto-expressão, se a “arte” não estiver direcionada para a paz mundial, se a auto-expressão também não estiver direcionada para a paz mundial elas não terão muito sentido. Significa que se não forem em prol da paz mundial, em prol da felicidade de toda a humanidade elas não serão reconhecidas por Deus.

Em outras palavras, qualquer que seja o ato ou o pensamento do ser humano está dentro de uma grande “moldura” chamada em prol da paz mundial, que é um pré-requisito que o ser humano recebeu. Analisando por outro lado, significa que existe uma liberdade infinita dentro desta “moldura” e, ao mesmo tempo, é possível realizar nossa expressão de forma imensamente prazerosa quando nos conscientizamos verdadeiramente de que tudo é “em prol da paz mundial”.

Este fato inclui, obviamente, o ser humano individualmente, mas uma nação, um povo, uma sociedade local não fogem á regra. Qualquer ato ou medida política que estiver muito distante do caminho “em prol da felicidade da humanidade” pode gerar distúrbios, até uma grande desgraça.

Todos os conflitos, em quase todos os casos, pode-se dizer que são causados pela cobiça material. No mundo todo existe uma espécie de equívoco, o de que quanto mais se ganha dinheiro e objetos maior é a felicidade. Na verdade, o importante é como se utilizam os objetos, que são matérias primas para a expressão.

Vamos pensar mais uma vez sobre o que significa a “paz” que se fala na PL. Explicando com mais detalhes, é o mundo em que as pessoas reconhecem Deus (conscientizam-se de que Deus faz o ser humano viver), tem o reconhecimento correto do que são os objetos e vivem respeitando reciprocamente a expressão de cada um.
Mas, na realidade, quando se fala em paz mundial e bem estar de toda a humanidade, parece algo vago ou distante da vida cotidiana.

Antes de mais nada, você tem que ser feliz
É necessário pensar de uma forma mais simples como cada um deve procurar fazer no cotidiano, para poder concretizar a paz mundial e o bem estar de toda a humanidade. Gostaríamos de reafirmar que o desejo de viver pacificamente e de viver feliz com todos é o instinto natural e o verdadeiro sentimento do ser humano.

Então, o que devemos fazer para nos aproximar deste verdadeiro sentimento? Para isto, é importante que, em primeiro lugar, você mesmo seja feliz. Basicamente, você deve viver ou procurar viver o dia-a-dia com alegria. Algumas dicas para se viver com alegria são: ter sonho e esperança. Viver ao máximo o momento sem se apegar ao passado. Compreender os outros. Utilizar a criatividade mudando o ângulo de visão quando há algo desagradável.

Se cada um viver assim, pelo menos o seu ar de tranqüilidade vai se espalhar na sociedade. Ao mesmo tempo, procure fazer seu lar se tornar mais alegre. Quando cada componente da família reconhece a qualidade dos outros membros da família e vive em harmonia surge a paz no lar.

Todos sabem que a família é a base da sociedade. Podemos dizer que se cada um viver feliz e se adicionarmos a paz na família isto terá relação com a paz na sociedade e ainda mais com a paz no mundo.
Saborear, apreciar e respeitar a expressão dos outros e ao mesmo tempo ter a sua expressão saboreada e apreciada pelos outros, isto é a base da paz. Gostaríamos de um dia ver concretizado o mundo pacífico onde haja harmonia e onde haja troca de belos sentimentos entre as pessoas.

Fonte: Revista PL No. 162

13º Preceito - HÁ UM CAMINHO PARA O HOMEM E UM PARA A MULHER


“Há um caminho para o homem e um para a mulher”

Na sociedade o homem e a mulher participam com igualdade.
Este item foi extraído do 12º Preceito – “Há uma função conforme o nome” – e fala sobre o caminho (essência e missão) ligado diretamente ao ser humano.

No século XXI têm surgido vários tipos de pensamento e modos de entender como o homem deve viver e como é melhor a mulher viver. Pode-se dizer que há uma grande diversidade nesse sentido, mas também parece que há certa confusão. Porém, no mundo só existem dois tipos de ser humano: o homem e a mulher, e cada um tem o seu caminho conforme o seu nome.

Como o 9º Preceito esclarece que “Todos os homens são iguais”, tanto o homem como a mulher são iguais como filhos de Deus e possuem os mesmos direitos.

O homem e a mulher possuírem os mesmos defeitos não significa que o homem e a mulher expressem-se da mesma forma. Foram estabelecidas leis que garantem a participação do homem e da mulher na sociedade com igualdade e visam eliminar uma discriminação antinatural em relação ao tipo de trabalho e divisão de tarefas, mas não significa que toda a vida cotidiana do homem e da mulher deva ser igual, deva ter as mesmas características.

Então, o que é o caminho do homem e o da mulher? Explicando resumidamente, o homem realiza uma expressão (agir e falar) de acordo com a sua própria natureza e a sua peculiaridade e o mesmo acontece com a mulher.
O homem deve viver como homem e a mulher como mulher. Por se tratar de uma expressão subjetiva e não bem definida há uma certa tendência de evitar a expressão viver como homem ou como mulher. Como há diferenças na estrutura e na capacidade física, o homem será sempre homem e a mulher sempre será mulher. 

Assim como cada um possui a sua própria natureza e a sua peculiaridade, as expressões “viver como homem” e “viver como mulher” são as mais adequadas.
O que é viver como homem? É ser gentil, não ser mesquinho, ter o sentimento de proteger os fracos, não se prender a pequenas coisas, ser generoso,  não se apegar demais ao dinheiro, tratar as mulheres com carinho, além de outras características.

Por outro lado o que é viver como mulher? Em poucas palavras, ter feminilidade seria ter docilidade. Ou seja, ter o sentimento brando, suave, caloroso e, finalmente, amar e aceitar. Algo que faça com que as pessoas tenham afinidade e se sintam bem ao encontrar-se com ela.

Cada um tem o seu papel
 Em suma, o homem, ao se expressar de forma ativa, tem a sua expressão verdadeira como homem (expressão em que a beleza desta pessoa é manifestada), e a mulher, ao se expressar com brandura e docilidade, tem a sua expressão verdadeira como mulher. Quando ambos vivem baseados em suas verdadeiras naturezas, o homem saboreia a alegria como homem, e a mulher a alegria própria da mulher.

Em se tratando do amor entre homem e mulher, ele é algo totalmente distinto para cada um. No caso do homem, ele sentirá satisfação ao expressar esse amor (isto é, o sentimento de desejar a felicidade da parceira) que traz consigo, amando a parceira. No caso da mulher, amar o parceiro é a exteriorização do sentimento de ser amada pela pessoa que ela ama. No momento em que ela tem a certeza que está sendo amada, a mulher sente-se contente. Pode-se dizer que esta seja a verdadeira psicologia feminina.

Para ser amada... este é um assunto que eu poderia falar em outra oportunidade. O sentimento do homem “desejar amar” e o da mulher “desejar ser amada” são resultados de naturezas individuais que não serão modificadas mesmo que haja uma mudança dos tempos, mesmo que haja na sociedade uma revisão dos direitos para ambos os sexos.

Ao observarmos a realidade dos costumes da sociedade, apesar da situação já estar amenizada em relação ao passado, ainda notamos resquícios dos conceitos que valorizam o homem e desvalorizam a mulher.
A evolução social da mulher, em relação ao passado, tem ocorrido em grande escala. Na medida em que ocorre a “reestruturação” da sociedade, tem se tornado maior a expectativa na força de trabalho da mulher. 

Entretanto, como durante muito tempo a sociedade tem funcionado nos moldes de uma “sociedade 
machista”, há a possibilidade de surgir atritos tanto no ambiente de trabalho como no lar. Ou seja, no que se refere ao modo de viver das mulheres, pode-se dizer que ainda há muito para esforçar e pesquisar.

Apesar disso, tanto o homem como a mulher, considerando-os como seres humanos, podem fazer livremente o que querem. Todavia é desejável que, tanto o homem como a mulher, conheçam as suas naturezas específicas e procurem realizar uma expressão alegre que gere integração harmoniosa entre eles.

Fonte: Revista PL No. 161

12º Preceito - HÁ UMA FUNÇÃO CONFORME O NOME



“Há uma função conforme o nome”.

Tudo existe para beneficiar as pessoas
Ao interpretamos ao pé da letra a frase “há uma função conforme o nome”, podemos compreender  que tudo o que existe no mundo tem um nome e de acordo com o seu nome possui uma função. Mas o Segundo Fundador disse certa vez: “É melhor interpretar este Preceito da seguinte forma: o nome nada mais é do que o caminho”.

O caminho que aqui nos referimos é a essência (característica fundamental), a missão de cada coisa.
Isto significa que quando as coisas, inclusive o ser humano, recebem um nome surgem simultaneamente a essência e a missão inerentes a elas. Em outras palavras, o nome é algo de extrema importância.

Como os senhores já sabem, no caso do copo o seu uso padrão é colocar líquidos como água ou suco para saciar a sede, o da toalha é enxugar o rosto e o corpo. Já no caso do telefone celular, o seu uso padrão é facilitar  a comunicação entre as pessoas e a de informações úteis. Pode ser que haja outras formas especiais de uso, porém quando a pessoa utiliza ao máximo as coisas de acordo com sua característica original, essas coisas ganham mais vida.

Dissemos “utiliza ao máximo as coisas...”, mas somente quando o ser humano as reconhece e as utiliza, elas ganham vida própria e passam a viver. Em outras palavras, elas passam a brilhar. Ou seja, tudo que há neste mundo existe para beneficiar e dar mais valor à vida do homem.

O caminho é infinito para cada situação do ser humano
Concluímos que “as coisas passam a viver somente quando o ser humano as reconhece e as utiliza”. Significa que todas as coisas deste mundo existem somente quando o ser humano as reconhece. O homem é quem reconhece, pega na mão e manuseia as coisas. Se o homem não reconhecer será como se aquilo não existisse.

Quando falamos “todas as coisas”, naturalmente, incluímos coisas abstratas ou situações, e elas também possuem um caminho conforme o nome.
Para quem está na posição de superior surge a missão de amar o subalterno, desejar seu crescimento e ajudá-lo. Se o superior toma uma atitude autoritária, impõe os seus pensamentos e não tem vontade de retribuir ao esforço do subalterno, achando que o subalterno tem a obrigação de obedecê-lo, ele não conseguirá cumprir a sua missão e haverá desarmonia em vários aspectos.

Mesmo no mundo atual, onde é difícil descobrir o objetivo da vida, se o jovem não agir e se movimentar com vivacidade, toda a sua energia perderá o sentido. No caso do estudante, apesar de estar na idade de encontrar dificuldade para definir a sua meta de vida, se não tiver ânimo para pelo menos querer aprender algo ou querer acumular experiências da sociedade, estará desperdiçando seu tempo e sua personalidade não ganhará vida. Gostaria de ressaltar que, para a nossa felicidade, todas as coisas possuem infinitos caminhos conforme o seu nome.

Para o ser humano existem infinitos caminhos conforme o seu nome ser humano, e eles podem ser explorados de forma ilimitada. O músico, o varejista, o tecnólogo possuem os seus respectivos e infinitos caminhos e à medida que avançam neles vão descobrindo novas alegrias e encontrando maravilhosas evoluções.
Esta é a maior alegria que o homem pode experimentar.

Fonte: Revista PL No.160

11º Preceito - FAÇA TUDO CONFIANDO EM DEUS


“Faça tudo confiando em Deus”

O ser humano vive sendo vivificado por Deus
“Viver e “ser vivificado”. O homem é um ser vivificado por Deus. Isto é um fato que o ser humano precisa reconhecer claramente para levar a sua vida.

Pode parecer que o homem realiza tudo com as suas próprias forças. Mas refletindo um pouco se percebe que nosso corpo, por exemplo, sempre mantém as atividades para vivermos de modo natural, mesmo sem nossa intenção especial. À noite, durante o sono, a pessoa respira involuntária e automaticamente. Mesmo se conversarmos durante as refeições, o alimento vai para o estômago e a digestão é feita naturalmente, os nutrientes são distribuídos de forma eficaz pelo corpo e transformados em energia.

Ninguém realiza voluntariamente todos esses tipos de atividades, ou seja, o homem não vive somente pela sua própria vontade. Na verdade, ele é vivificado por Deus.

Á medida que a civilização evolui, como na área da tecnologia, o homem cada vez mais tende a pensar que consegue realizar qualquer coisa por conta própria. Todavia, não se consegue prever o que vai acontecer no mundo. Mesmo concluindo uma pesquisa que utiliza o computador, ninguém pode garantir que não aconteça de um potente vírus danificar todo o trabalho num instante ou pode-se perder todos os dados por alguma outra causa.

Ninguém sabe se pode realizar ou não, de acordo com a sua vontade, tudo na vida, a começar do fato de viver propriamente dito até nas pequenas coisas do dia-a-dia. Ninguém consegue prever o resultado.
Então, o que devemos fazer? O Segundo Fundador dizia freqüentemente: “Além da Ciência, deve-se orar”. Em relação a tudo com o que você se relaciona, diante de quaisquer fatos e acontecimentos, deve-se ter a postura de orar, além de dar valor à ciência. O melhor seria, além de utilizar toda a inteligência e esforçar-se ao máximo, orar a Deus e basear-se em Deus.

Talvez seja difícil compreender a frase “basear-se em Deus”. Falando de modo simples, seria ter o sentimento de: “Deus, por favor me ajude, pois prometo me esforçar ao máximo” e manter sempre este sentimento.

 Fazer as coisas sempre pedindo a Deus
Geralmente a pessoa reza a Deus, como se estivesse pendurada a seus pés suplicando ajuda, quando sente que não consegue solucionar um problema com as suas próprias forças. Então, pede que Deus solucione de alguma maneira. “Fazer as coisas sempre pedindo a Deus” é diferente de só se lembrar de Deus quando se está derrotado. No primeiro caso existe como pré-requisito a disposição para executar e esforçar-se por si próprio “eu vou me empenhar ao máximo, por isso...”

Podem existir pessoas que não gostam de pedir ou solicitar algo a uma entidade superior ou que sentem certa resistência para dizer “Graças a Deus!”. .
Certamente é bom ser autoconfiante. Se a pessoa não tiver autoconfiança e entusiasmo “Bem, eu faço isso”- o seu dia-a-dia não terá alegria. Quando as coisas andam bem se deve aproveitar essa onda e fazer tudo aquilo que se percebe.

Mas mesmo fazendo com a suposição de que será bem sucedido, pode-se encontrar dificuldade e podem acontecer coisas imprevistas. Esta é a realidade. Nessa hora, a pessoa que tem sempre o sentimento de orar: “Por favor, me ajude”, consegue fazer uma reflexão de seus atos ou ser agraciada com a percepção da segunda melhor alternativa.
Ao iniciar qualquer coisa com o sentimento “Deus, por favor me ajude”, a pessoa se afasta do egoísmo (vício espiritual) e isto ajuda a ficar livre do excesso de tensão. Nas atividades que exigem certa habilidade, como nas esportivas, é fácil entender que o excesso de tensão não gera bons resultados.

O prazer de fazer tudo baseando-se em Deus é poder viver feliz sem preocupações, com o sentimento leve. Expressem intensamente aquilo que vocês idealizam e não se esqueçam, ao mesmo tempo, do sentimento de solicitar a força maior além de você.

Fonte: Revista PL No.159

10º Preceito - FELICITE A SI E AOS OUTROS



“Felicite a si e aos outros”

A alegria dos outros é a sua alegria

“Felicite a si e aos outros”. Esta frase é realmente agradável e irradia alegria. Muitas pessoas devem sentir paz com ela.
Você pode interpretar essa expressão como “orar e solicitar a felicidade e fazer algo que agrade aos outros”.

Portanto, este Preceito tem o seguinte conteúdo: “Desejar a sua felicidade e, ao mesmo tempo, a felicidade dos outros”. Em outras palavras: “Ao mesmo tempo que agradar a si próprio, distribuir sua atenção para agradar aos outros”, “Viver procurando sempre fazer que seja bom para si e bom para os outros”.

Ninguém consegue viver apenas com a sua própria força. Somente com a cooperação dos outros é que as pessoas conseguem viver. Portanto, para viver melhor e mais alegre é importante melhorar e tornar belo o relacionamento com os outros.

Existe uma expressão: “Você que está refletido no espelho”. Entre as explicações desta expressão está: você vai se formando por meio dos relacionamentos com os outros. Assim, quanto melhor o relacionamento humano mais belo você se forma. E a felicidade e a alegria dos outros estão ligadas à sua alegria. 
Gostaríamos de ter um relacionamento humano onde nos sentíssemos bem e os outros também, trocando sorrisos e diálogos como:

“Conto com a sua ajuda” ou “Conte com a minha ajuda”.
“Muito obrigado pela sua ajuda”.
“Não há de que. Estamos aqui para isso”.

O que devemos fazer para alcançar este objetivo? São alguns exemplos: procurar realizar uma expressão que agrade os outros; ou, mesmo que sua expressão não seja suficiente, desejar viver o dia-a-dia com este tipo de sentimento (sobretudo com as pessoas com quem sentimos dificuldades); ou, ainda, dentro das suas possibilidades, ter em mente: “que seja bom para mim e bom para os outros”; e, mesmo que não possa ajudar materialmente, orar pela felicidade dos outros.

Atualmente, com tantas notícias ruins, muitas pessoas podem achar que não dá para ficar pensando muito nos outros, que na prática é muito difícil. Mas será que é isso mesmo?

Você escolhe a virtude ou a vantagem?

Vamos falar um pouco sobre a virtude. Usa-se a palavra virtude em expressões como “pessoas de virtude” ou “acumular virtudes”. A virtude é uma qualidade atraente no ser humano, faz conquistar a confiança das outras pessoas e ter popularidade. Quanto mais a pessoa acumula virtudes, mais agraciada será a sua vida. 

Felicitar a si e aos outros é a atitude que leva a acumular virtudes.
O povo japonês deu muita importância à virtude desde a Antiguidade, mas nos últimos 50 anos, após a Segunda Guerra Mundial, vem vivendo dentro da crença de que a pessoa só confia no que vê ou no que pode ser expressado em números. São exemplos típicos dessa postura, a educação que só se preocupa com a avaliação pelas notas e o pensamento que dá valor excessivo para o material. As pessoas gradativamente passaram a dar mais valor ao que dá vantagem do que à virtude. A ideia de que “não posso ficar orando também pela felicidade dos outros” pode estar baseada mais na vantagem do que na virtude.

Bens materiais e dinheiro são importantes, mas se a pessoa ficar apegada a eles sua vida fica com a liberdade restrita. Somente quando se possui a verdadeira riqueza espiritual, os bens materiais e o dinheiro agem (ganham vida) em prol dessa pessoa. O primeiro passo para se viver com equilíbrio é compreender a importância de “Felicite a si e aos outros”, ou seja, que seja bom para mim e para os outros.

Para isso, em primeiro lugar, você precisa estar feliz. Na prática, devem existir muitas dificuldades, problemas e stress em seu trabalho ou em seu lar. Pense e aja com criatividade para poder viver com alegria mesmo nessas situações. Se você não estiver feliz, não terá tranquilidade nem conforto em seu espírito. E, sem isso, a sua atenção não poderá ser dirigida para os outros e você não poderá fazer os outros ficarem felizes.

Sob outro aspecto, é importante se dedicar com afinco aos seus afazeres. Se você se esforçar tendo uma postura sincera e um objetivo claro, a sua dedicação conseguirá alegrar o próximo e você próprio vai se sentir bem e será útil aos outros.
A maneira de viver do homem pode ser dividida grosseiramente em dois grupos: “viver sempre pensando somente em si próprio” ou “viver ao mesmo tempo em prol do próximo”. Qual das duas opções os senhores vão escolher?

É óbvio que todos já sabem. À medida que se analisar com cuidado, será possível sentir a amplitude e a 
profundidade do significado dessa frase. Esse é o sabor da frase “Felicite a si e aos outros”.

Fonte: Revista PL No.158

9º Preceito - TODOS OS HOMENS SÃO IGUAIS



“Todos os homens são iguais”

Tanto você como os outros são igualmente filhos de Deus

Em 1947, o Segundo Fundador expressou-se claramente sobre o conceito de igualdade por meio do 9º Preceito: “Todos os homens são iguais”.
Isto não significa apenas que todas as pessoas possuem direitos iguais como seres humanos. Inclui um conteúdo muito mais profundo.

Este preceito quer dizer que todos os homens são iguais na condição de filhos de Deus.
O 3º Preceito nos orienta: “O ‘eu’ é a manifestação de Deus”. A todos nós é concedida uma personalidade peculiar (um sabor peculiar) e existimos neste mundo vivificados por Deus, para expressar nossa personalidade de forma plena e livre. Naturalmente, existem as diferenças de sexo, profissão, idade, situação hierárquica, mas além dos direitos fundamentais do ser humano, somos iguais na qualidade de seres humanos a quem Deus concedeu uma personalidade peculiar e a liberdade de expressar essa personalidade.

Ao mesmo tempo em que você possui a liberdade da auto-expressão, outras pessoas possuem, igualmente, esta mesma liberdade. Ou seja, a existência e a personalidade dos outros devem ser respeitadas assim como a sua existência e a sua personalidade.
Sob outro aspecto, todos os comportamentos (atos e palavras) de uma pessoa são a auto-expressão dessa pessoa. Assim, é estranho alguém interferir ou criticar o comportamento dos outros. Seria como interferir com quem está desenhando, com comentários como: “Essa cor é estranha”, “Aquela árvore não deve ter essa forma”. As pretensões do desenhista podem ser pintar o céu diferente do azul habitual. Ele também pode achar que nesse caso é interessante desenhar uma árvore redonda. Portanto, será que faz sentido uma outra pessoa dar palpites?

Você deve ser respeitado e também deve viver respeitando integralmente a existência e a expressão dos outros. Isto é muito importante tanto para a sua vida como para a sociedade.

A felicidade e a infelicidade dependem de seu Makoto

Diante do comportamento dos outros, a maioria das pessoas tende a ter vários sentimentos e como conseqüência, sente-se insatisfeita com os outros ou os menospreza. Isto ocorre porque muitos querem ser superiores aos outros. Analisando este fato, podemos dizer que essas pessoas estão esquecendo que “Todos os homens são iguais”.

Ao se relacionarem com os superiores e colegas de trabalho dificilmente usam palavras rudes, porque a intenção dessas pessoas é serem elogiadas ou bem avaliadas. Mas, com os subalternos ou com aqueles que julgam ser inferiores, a tendência é mudarem a atitude impondo suas ideias, às vezes até sem perceber, e desconsiderando e desrespeitando a expressão dos outros.

Essa é a atitude de quem respeita somente a si próprio e trata de qualquer maneira a individualidade dos outros.
Aquele que ignora a individualidade dos outros ou desrespeita as pessoas à sua volta acaba sendo ignorado. E não receberá boas idéias, seu raciocínio vai se tornar lento e terá uma vida não agraciada. Ao contrário, aquele que respeita os outros com certeza será respeitado também.

Quando falamos que todos são iguais, uma das coisas que as pessoas lembram é que existe muita desigualdade no mundo, por exemplo, na situação financeira, na condição de vida e nas profissões. Acredito que existem pessoas que acham serem contraditórias as seguintes situações: existir diferenças desde o início, dependendo da pessoa nascer em uma família rica ou não; a pessoa que parece arrogante levar uma vida rica e próspera e uma boa pessoa levar uma vida menos favorecida.

O Primeiro Fundador disse: “O mundo está bom assim como está”. Esta afirmação significa que a posição social em que você se encontra no momento, seu status, sua situação, enfim tudo o que se relaciona com você é coerente e está de acordo com a lógica, exatamente assim como está. Isto é, a atual situação existe como resultado geral de todos os fatores, do Makoto (empenho) da pessoa e do não Makoto, da virtude e da desvirtude, etc.

A felicidade de cada pessoa não depende das circunstâncias do momento do nascimento, mas, sim, é determinada pela forma como cada um realiza a sua auto-expressão. A felicidade e a infelicidade são determinadas pela forma como a pessoa realiza a sua “arte” (criatividade e engenhosidade) diante das obras divinas que surgem a cada momento. A pessoa consegue, com certeza, ser feliz na mesma medida de seu esforço e de seu Makoto.

Fonte: Revista PL No.157


25 de agosto de 2011

8º Preceito - VIVA RADIANTE COMO O SOL




“Viva radiante como o sol”

Seja sincero consigo mesmo

O oitavo Preceito, que diz claramente e com firmeza: “Viva radiante como o sol”, possui um conteúdo profundo, apesar da simplicidade de suas palavras. Nós temos uma forte adoração pelo sol. No primeiro dia do ano, há pessoas que escalam montanhas para dirigir uma oração ao pôr do sol e sentem uma emoção especial. No verão, vão à praia e tomam muito banho de sol. Na primavera, dirigem-se aos grandes parques, procurando os raios solares que descem do céu. No inverno, sentem saudades dos lugares onde bate sol e, quando encontram a sua luz, acalmam-se.
O sol ilumina igualmente todas as pessoas e todos os locais, sem distinção e sem discriminação. Este Preceito significa que se deve viver sempre com o sentimento claro e radiante, como o sol que brilha. Assim como o sol que ilumina todos os cantos da Terra, o homem também deve viver em qualquer circunstância com honestidade, sinceridade e imparcialidade. Isto é, vamos procurar levar o dia-a-dia desejando viver dessa maneira.
Em outras palavras, deve-se viver honestamente com sentimento verdadeiro, sendo sincero consigo mesmo e com o coração leve e sem falsidade.
A razão de se viver com honestidade, com sinceridade e com imparcialidade é manifestar a sua preciosa personalidade (seu sabor peculiar), que é única e sem igual no mundo, concedida a cada pessoa por Deus, ou seja, realizar uma auto-expressão alegre e plena. Qualquer pessoa pode facilmente imaginar como é confortável e leve viver com o sentimento límpido, livre e sem reservas.
O oposto disso é misturar o que é público com o que é particular, é enganar os outros. Por descuido, muitas vezes a pessoa age de forma falsa consigo mesma, consciente ou inconscientemente.
São exemplos freqüentes em nossa vida cotidiana: utilizar objetos dos outros sem a autorização deles, ler arbitrariamente os diários, cartas pessoais ou documentos que estão sobre a mesa mas não nos pertencem; abrir as bolsas dos outros e olhar dentro delas, mesmo sem segundas intenções. Nos casos de empresas ou organizações, nem é preciso dizer que está errado utilizar o dinheiro da firma para fins particulares. São ainda exemplos claros de como se mistura o bem público com o particular: utilizar o telefone da empresa para ligações particulares interurbanas; utilizar o computador da firma para troca de e-mail particular.
Talvez a pessoa esteja fazendo essas coisas sem perceber, mas, se praticar atos desonestos ou cometer falhas sem o menor constrangimento, estará enganando a si mesma e, aos poucos, vai se tornar uma pessoa incapaz de realizar uma expressão verdadeira, a expressão da sua personalidade, e não vai receber a intuição divina.
Aprofundando-se mais um pouco, a palavra “radiante” deste Preceito não significa simplesmente imparcialidade. Mas inclui também o seguinte significado: viver com um sentimento de grande misericórdia como o sol e no estado espiritual de aceitar tanto o puro como o impuro, isto é, viver com um sentimento grandioso, para acolher todas as coisas, sejam elas boas ou más.

O que é viver radiante, sem falsidade

Se a pessoa conseguir viver mantendo o estado espiritual de aceitar tanto o puro como o impuro, adquirir a capacidade de ser muito tolerante, ficará desapegada do “ego” (aquele sentimento pequeno de viver apegada a si mesmo). Aí está a alegria que só o ser humano é capaz de sentir. Podemos dizer que o sentimento de aceitar tudo e o estado espiritual de perdoar realmente nos deixam alegres.
Para explicar de maneira mais simples, “Viva radiante como o sol” significa: interpretar positivamente todas as coisas e acontecimentos, e tratá-los com alegria e prazer; eliminar os pensamentos negativos e viver o dia-a-dia de forma brilhante, agradável e sem falsidade. Este é o caminho que Deus deseja e é o caminho para ser agraciado.
Outro aspecto da questão é que obviamente todos os homens, seres vivos e a Terra não poderão existir sem o sol. Isto é, sem a existência do sol é impossível você existir, você que tem a vida e o espírito e vive aqui dessa maneira. Em outras palavras, sinto que a relação entre o sol e o ser humano é muito delicada e profunda.
O Segundo Fundador falou sobre o seu sentimento quando concebeu os Preceitos da PL: “Se não for esclarecido realmente o que é o sol, por meio de um estudo profundo, o ser humano não compreenderá o que é o universo. O que é a sua própria vida. Chegará um dia em que o ser humano desvendará o que é o sol. Para isso me foi revelado que deveria mencionar o sol dentro dos Preceitos”. Esta é a razão de destacar a palavra sol usando a frase “Viva radiante como o sol”.


Fonte: Revista PL No.156
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br

7º Preceito - TUDO EXISTE EM RELATIVIDADE




“Tudo existe em relatividade”

O preceito, “Tudo existe em relatividade”, expressa uma das providências divinas (vontade ou lei de Deus) e se refere a um importante estado espiritual, que se faz necessário captar com firmeza para realizar a auto-expressão.
A profundidade do sentido está em que tudo “existe” em relatividade e não tudo “está” em relatividade.
A palavra “relatividade” pode parecer um pouco difícil, mas pelo dicionário significa “estar um defronte do outro” e “indica relação mútua”. Relatividade quer dizer: em cima e em baixo, esquerda e direita, frente e verso, vertical e horizontal, homem e mulher, bem e mal, superior e subalterno, positivo e negativo. Assim, todos os fenômenos e fatos reais existem no dualismo, isto é, os dois fatores estão em mútua relação. Em outras palavras, no mundo em que vivem os seres humanos (mundo dos fenômenos), na realidade, todas as coisas existem em relatividade.
Um exemplo de fácil compreensão é a pilha que produz a corrente elétrica; nela há um pólo positivo e um negativo, e a eletricidade desloca-se do positivo para o negativo.
Ainda, a menor partícula que constitui todas as matérias deste mundo é o átomo. Este átomo é constituído de um núcleo com carga positiva e, ao seu redor, há elétrons com carga negativa. De qualquer modo, a relação mútua entre o núcleo e o elétron faz surgir um fenômeno, ativando uma força.
Em termos de eletricidade, o preceito “tudo existe em relatividade” refere-se aos pólos positivo e negativo; em termos de papel, é frente e verso. Assim, os dois lados não existem independentes um do outro, significa que da combinação dos dois é que se constitui um formato.
E isso abrange todas as coisas deste mundo. Por isso, para se realizar qualquer expressão, qualquer arte, qualquer fato, existe o princípio de que deve haver união e harmonia dos dois lados.

Arte é harmonia

Estendendo o que foi dito à relação entre o sujeito que é o ser humano (indivíduo) e o objeto (que são todas as coisas existentes), torna-se evidente quanto é importante ao homem que vai tomar providências com a matéria harmonizar-se com ela.
O ceramista diante do barro vai criando formas, põe para secar ou queimar e assim produz um objeto. No início, a pessoa se defronta com o barro; a obra final, resultante da fusão do sentimento e conduta do autor com o barro, é a união entre a pessoa e o barro, devendo surgir daí, certamente, um novo produto harmonioso. O passo seguinte é quando surge uma outra pessoa que se defronta com esse objeto, surgindo uma nova harmonia entre ela e o objeto.
Quando a pessoa trabalha com o barro que existia como objeto de sua relatividade e cria uma nova coisa que é a harmonia, reside aí uma expressão do ser humano de sabor inexplicável.
A existência da relatividade abrange todas as coisas e, analisando a nossa vida cotidiana, também estamos sempre nos relacionando com algo. Pais e filhos, marido e mulher, amigos, conhecidos, chefe e subordinado, companheiros, vizinhos, diversas coisas ou fenômenos da natureza. Diante desses fatores com os quais estamos nos relacionando, devemos, a cada momento, nos auto-expressar (ativar), pois isto é a nossa vida.
Quando o indivíduo, que é o sujeito, e a matéria, que é o objeto, prosseguem com esse estado espiritual de união (dizemos que é o estado espiritual da união entre o ser e a matéria), ao final, os elementos que existiam em relatividade fazem resultar algo harmonioso (uma nova obra divina), e surge a verdadeira vida artística.
Levantando alguns exemplos mais familiares, em caso de empresa, o administrador e o funcionário, o chefe de um departamento e seus subordinados, se não estiverem com sentimento harmonioso não surgirão coisas boas. É preciso superar fatos subjetivos como ter preferência entre pessoas, gostando de uns e desgostando de outros; o superior deve amar o subalterno, tendo compreensão; e o subalterno deve respeitar e admirar o superior. Enfim, falando de modo mais fácil, “existir em relatividade” quer dizer harmonizar-se, ser pacífico. Diante de todos os problemas da vida cotidiana, se a pessoa for unificando as duas partes, as coisas irão correr bem, em harmonia e eficientemente.
A “arte” consiste em esforçar-se em criar o sabor da harmonia entre duas coisas diferentes, em equilibrar as duas coisas. E isto é missão do ser humano, como também é sua alegria.

Fonte: Revista PL No. 155
Fonte:http://www.perfectliberty.org.br

6º Preceito - VOCÊ EXISTE NA AUSÊNCIA DO EGO




“Você existe na ausência do ego”

Não existe o “eu em prol de si mesmo”

 Consta no dicionário que “ego” é o eu de qualquer pessoa, mas na PL o termo “ego” refere-se ao “eu em prol de si mesmo” ou “o eu que não se baseia em Deus”.
Em poucas palavras, este preceito significa que, ao se conscientizar de que não existe o “eu em prol de si mesmo”, surge o verdadeiro “EU”.
O Segundo Fundador usava muito a expressão: “ausência do ego”. Significa que “não existe o EU separado de Deus (a força originária da grande natureza)”. Em outras palavras, não existe ninguém que possa, de verdade, dizer: “com a minha própria força...”
Entretanto, você pode dizer que, na realidade, o seu eu existe aqui e agora, mas o que existe é o EU baseado em Deus, o EU peculiar criado por Deus. Aquele eu distante de Deus, o eu apegado às emoções e aos interesses egoísticos, que menospreza a característica peculiar de cada pessoa (sabor próprio), não é o verdadeiro “EU”.
Se pesquisamos a fundo e observamos bem o ser humano, cada um, sem exceção, possui algo de maravilhoso. Desde o passado remoto até o presente e também no futuro, “você” é único, não existe nem existirá outro ser igual. “Sua existência é sublime, mas você ainda não encontrou esse seu EU sublime” é o que podemos dizer sobre a situação em que se encontram as pessoas da sociedade de modo geral.
Isto é, não é exagero dizer que as pessoas ainda não conhecem o “EU” verdadeiro delas mesmas.
A criança que era pura, imaculada, durante o seu desenvolvimento vai sofrendo diversas influências do meio (ambiente familiar, atitude de vida dos pais e seu modo de educar os filhos, desvios ocorridos em ambiente escolar, tendências de cada época) e, aos poucos, vai assimilando vários tipos de hábitos espirituais como os de zanga, de preocupação, de teimosia, de apego ao dinheiro e aos objetos, de apego à posição. Esse é um quadro que ocorre com a maioria das pessoas dos dias de hoje. Se o indivíduo viver dando continuidade a esses hábitos espirituais, sendo levado pela emoção, ele acaba não sabendo mais o que é o seu EU.
A expressão característica, sabor próprio que o EU do ser humano possui, só se manifesta, só aparece, no ato de a pessoa se externar, isto é, dar forma à imagem que ela tem em mente. E, na verdade, o ato vai se tornar algo elevado e completo somente quando é realizado baseando-se em Deus. No “estado espiritual de ausência do ego”, é que, pela primeira vez, se consegue expressar plenamente o EU em sua totalidade neste mundo.

Em outras palavras, quando a pessoa expressa constantemente o seu EU fundamentado em Deus, realizando o que deseja, é que, pela primeira vez, em um sentido verdadeiro, consegue “auto-expressar sem ego”.
Na sociedade, existem pessoas que, mesmo sem saber, alcançaram o estado espiritual desse preceito: “Você existe na ausência do ego”. Vemos isso ocorrer, de vez em quando, em pessoas consideradas peritas, “experts” em algum ramo. Um desses exemplos é o perito em manejar bonecos de Bunraku (teatro tradicional japonês de bonecos) que recebeu a condecoração de personalidade do tesouro nacional. Seu treinamento intenso e rigoroso chega a causar calafrios; mas ele, sentindo-se ainda imperfeito, possui uma enorme vontade, um enorme entusiasmo de querer se aprofundar mais e mais nessa arte; assim, nas inúmeras apresentações ao público, ele e o boneco que maneja se fundem verdadeiramente num só ser. Surge, aí, a emoção que toca o coração das pessoas que o assistem. Embora seja um trabalho em âmbito limitado por se tratar de uma arte tradicional, não existe o EU vaidoso de querer se gabar como quem diz: “Vejam só!”; ao contrário, existe aí a postura de um ser humano que interpreta o resultado do treinamento, com sentimento de oração a Deus.


O sabor verdadeiro da pessoa

A atitude de se mostrar elegante sem ser elegante de verdade, isto é, a postura de “tentar parecer algo que deseja ser, mas não é na realidade”, não é muito agradável em quaisquer circunstâncias. Nas representações de um ator, por exemplo, se ele atuar pensando demais na reação do espectador, acabará causando má impressão. Na dança ou na música, há apresentações em que se percebe nitidamente a vontade dos dançarinos ou dos músicos de querer se exibir ou se gabar, o que também não causa, de forma alguma, boa impressão. No final das contas, o estado espiritual de não se apegar nem se afastar é que faz surgir o verdadeiro sabor da pessoa. E é onde podemos dizer que está a atitude de “livre do Ego”.
Este estado espiritual não é algo que se obtenha planejando fazer isso ou aquilo, pois é algo que é concedido por Deus.
O Eu é a manifestação de Deus que possui um caráter evolutivo ilimitado e, falando de modo direto, o próprio ser humano desconhece a força que possui. Quando você se expressar constante e firmemente baseando-se em Deus, é que surgirá a sua verdadeira auto-expressão. E a vida vai se ampliar mais ainda, aumentando aquela sensação de felicidade que é própria do ser humano.

Fonte: Revista PL No.154
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br

5º Preceito - AO SE DEIXAR LEVAR PELA EMOÇÃO, PERDE-SE O EU



“Ao se deixar levar pela emoção, perde-se o Eu”

A mente não funciona direito

O ser humano é um animal de emoção.
“Emoção”, como está escrito nos dicionários, é o sentimento que surge ao sentir-se alegria, ira, tristeza, ao ter a sensação de agrado ou desagrado, causados por algum fator.
Qualquer ser humano possui esses sentimentos, possui um mecanismo que o faz se emocionar e sentir quando uma coisa lhe traz prazer ou desprazer. Ao observar um campo todo florido de margaridas, tem-se um sentimento terno, uma sensação agradável ao perceber essa delicada beleza; ao olhar para as montanhas dos Alpes do Japão, a grandiosidade toca o coração das pessoas, fazendo com que sintam alegria por estar vivendo ou pela magnificência da natureza. Em contrapartida, diante da morte de um ente querido, a pessoa sente-se envolvida por uma tristeza que é impossível descrever em palavras.
Assim, é maravilhoso a pessoa ter emoções abundantes, ter sensibilidade, no entanto, “deixar-se levar pelas emoções”, causa um grande prejuízo para ela.
“Ser levado pelas emoções” significa entregar-se, apegar-se, prender-se, deixar-se explodir nas emoções... Falando de modo mais detalhado, é ultrapassar a alegria; é zangar-se em demasia; é prender-se à tristeza.
Ressaltamos anteriormente que “a vida do homem é auto-expressão”, mas é importante a pessoa saber utilizar as emoções, que foram concedidas por Deus a todos os seres humanos, de maneira que sua auto-expressão se torne grandiosa.
Falando de modo mais claro: quando o indivíduo se deixa levar pelas emoções, não é possível se auto-expressar com grandeza.
Ao se deixar levar pelas emoções, a pessoa perde o que Deus lhe concedeu de positivo. O “Eu” que possui um brilho peculiar, acaba sendo prejudicado. Acaba não conseguindo fazer o cérebro funcionar corretamente.
Por exemplo, a atitude tomada por uma pessoa zangada, certamente vai piorar a situação. Às vezes, provoca um resultado de que depois a pessoa se arrepende. Diante de uma dificuldade, quando a pessoa sofre sem conseguir superar a angústia, o cérebro deixa de funcionar com serenidade e, conforme o caso, pode até atrair uma terrível reação negativa. Além do mais, pode influenciar na saúde física.
E isto é algo que muitos já experimentaram em suas vidas.

Sem se apegar, sem se afastar

Na verdade, a pessoa deixa-se levar pelas emoções por falta de conscientização em relação aos fatos. Esta conscientização consiste em saber que tudo é obra divina, tudo é sentimento de Deus (consideração de Deus) para vivificar o homem.
Ao compreender que tudo é sentimento de Deus para fazer vivificar o ser humano, intimamente a pessoa consegue aceitar qualquer fato que surja, sem sentir insatisfação ou ficar zangada. E, ao fazer uma retrospectiva de seu passado com serenidade, certamente será possível compreender o significado disso.
Como não existe um ser humano sem emoção, o importante é fazer arte com as emoções. Isto quer dizer que, quando a pessoa demonstra sua emoção em dose adequada, causa até uma boa impressão.
O contrário acontece com quem está apegado às emoções. Por exemplo, a postura de quem fica eufórico por estar se sentindo feliz ou a postura de se afogar em amargura por um acontecimento triste, não atrai a simpatia de ninguém.
A pintura, a música e todas as artes são frutos da emoção. São emoções traduzidas em cores, formas, melodias. Do mesmo modo, a atitude que expressa adequadamente a emoção, sem se apegar e sem se afastar, é uma atitude bela e é essa atitude que faz desenvolver uma vida aprazível.
Em outras palavras, não deve “deixar-se levar pelas emoções (de modo exageradamente intenso ou contínuo)”. A emoção externada com sutileza é bela e agradável, e proporciona alegria ao coração das pessoas.
As leis da grande natureza (Deus) são fundamentadas, obviamente, nos conceitos de que quanto mais atitudes positivas a pessoa tiver sua felicidade será maior, e de que atitudes prejudiciais aumentam a possibilidade de torná-la infeliz. É uma Verdade o fato de Deus aprovar atos benéficos do ponto de vista moral e, ao contrário, conceder resultados severos a atos prejudiciais. Ao mesmo tempo, é outra Verdade inequívoca que “Deus repreende firmemente, quando a pessoa se apega às emoções como a zanga, a pressa, o receio, a tristeza”.
A vida é uma arte, e a arte é expressar o EU. Essa auto-expressão deve ser feita no sentido de contribuir para a paz mundial, mas é preciso deixar registrado que, mesmo aquela expressão em que a pessoa pensa estar bem, “ao se deixar levar pelas emoções” não será aprovada.

Fonte: Revista PL No.153
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br

4º Preceito – “HÁ SOFRIMENTO SE NÃO SE EXPRESSAR






“Há sofrimento se não se expressar”

 Não acumular no peito o que está sentindo
 O 1º preceito da PL diz que “Vida é Arte”. Fazer arte é expressar-se; e expressar-se é executar, colocar em prática.
Todos os sofrimentos do ser humano surgem quando ele não está se expressando (executando). Se sentir algum sofrimento ou se surgir algum sofrimento, significa que a expressão está falha. Independentemente do conteúdo da expressão ser bom ou não, ser adequado ou não,  se a pessoa se expressar, por ora o sofrimento estará sendo resolvido.

Falando de modo simples, este é o significado deste Preceito.
O homem é um animal a quem foi concedida a vontade de se expressar, vontade que constantemente lhe dá sinais, em maior ou menor grau. Pode-se dizer que o homem é um animal que vive querendo exprimi-la na vida real, querendo colocá-la em ação. Isto quer dizer que, com o propósito de satisfazer a vontade de se expressar, ele fala isto e aquilo, faz e age. Assim, viver abafando esta vontade de se expressar não traz satisfação de forma alguma.
Os estudantes, por exemplo, dizem muito: “Não gosto da vida de estudante; não é lá muito interessante”. Isto acontece porque, digamos, a expressão da mocidade, a expressão como um ser jovem, está deficiente.
A maneira de se expressar como jovem vai depender de cada um. Uma delas pode ser concentrar-se em um esporte (futebol, basquete, vôlei, etc.) ou em um instrumento musical; organizar uma banda de rock também é uma boa opção. Naturalmente que nos próprios estudos poderá se empenhar mais, estimulando-se de modo a sentir interesse cada vez maior, sendo este mais um dos meios de expressão. Também poderá suar a camisa atuando em trabalhos voluntários com os amigos.
De qualquer maneira, a época da juventude é uma época em que a energia está repleta, uma época em que a vontade de se expressar é abundante e, se não se expressar de alguma forma, abafando a expressão, pode enfraquecer a vitalidade, em termos psicológicos, como a de se sentir um pouco desolado.
E, sem se limitar aos estudantes, isto pode ser aplicado amplamente, a todos os seres humanos.
Existem pessoas que suscitam comentários como, “aquela pessoa é despojada”, ou “é uma pessoa franca”, ou ainda “é espontânea e agradável”. São pessoas que, antes de mais nada, expressam imediatamente aquilo que sentem.
Em outras palavras, são pessoas que estão sempre com a alma limpa, que não acumulam o que sentem no peito. Se acumular aquilo que sente, atrai sofrimento. Assim, se expressar imediatamente o que está sentindo de maneira espontânea desde a manhã até a noite, é possível viver com uma sensação profundamente confortável.
Assim, o 4º Preceito nos ensina: “Expresse-se. Se expressar, surgirá contentamento”.

Viver tendo uma seqüência de expressões
Naturalmente que não é muito bom falar aquilo que magoa as pessoas, mas também não é nada interessante ficar retraído ou vacilante, pensando além do necessário, achando que o outro poderá fazer um mau julgamento das suas palavras ou que poderá sentir-se ofendido.
Antigamente já se dizia: “aquele que é odiado consegue se destacar na sociedade”. Geralmente, pessoas consideradas atrevidas ou impositivas são mais saudáveis do que se imagina e para elas as coisas podem ocorrer de modo satisfatório. É lógico que, se a pessoa for levando as coisas impositivamente sem pensar no sentimento alheio, um dia as conseqüências vão surgir de alguma forma. Mas, sob o ponto de vista de que “há vida enquanto se expressa”, pode-se dizer que esta pessoa está mais em conformidade com a vontade de Deus do que uma pessoa quieta e com pouca expressão, e, assim, é maior a probabilidade de ser agraciada.
A questão é, mesmo que erre um pouco, é mais prazeroso expressar do que não expressar, além de sentir que vale a pena viver.
Em todos os casos, é viver se expressando diariamente. Falando o que está sentindo, movimentando-se com constância, colocando as ações em prática uma atrás da outra.  É viver agindo desta maneira. Assim, não haverá brecha para o sofrimento entrar.
No entanto, como o ser humano é um animal da emoção, há momentos em que as coisas não ocorrem desse modo. Por exemplo, quando está se sentindo irritado e não consegue descontrair, o meio mais prático é: “Em vez de ficar pensando demais, que tal dar um passeio?” ou “Ah, então vou andar um pouco”. Sair é uma boa pedida. Neste caso, andar é uma forma de se expressar e a pessoa poderá se sentir melhor emocionalmente.
Também são boas opções: assistir a um filme, cantar, beber um pouco. Pode-se dizer que são meios de expressão para resolver o sofrimento.

Fonte: Revista PL No.152
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br

3º Preceito - O EU É A MANIFESTAÇÃO DE DEUS



“O Eu é a manifestação de Deus”

Nos preceitos da PL, na seqüência do segundo item – “A vida do homem é auto-expressão” – segue o terceiro esclarecendo que “O eu é a manifestação de Deus.
Significa que o homem (EU) é um ser que faz parte de Deus.
Deus é o Todo que envolve Tudo. Em palavras mais simples, Deus é a grande natureza ampla e infinita e o homem é uma parte do Todo.
Deus fez surgir neste mundo o homem e, simultaneamente, fez surgir todos os fenômenos: montanhas, rios, plantas, árvores, aves, animais, peixes e tudo mais, fluindo num ritmo de tempo lento e tranqüilo. A vontade de Deus (aqui empregamos a palavra vontade no sentido de “lei divina”) ao criar o homem é de que todas as coisas – plantas, aves, peixes, microorganismos só observados com microscópio, sentimentos, pensamentos, o grande universo que se desenvolve... – tudo fosse gerenciado pelo homem. Mais ainda, todas as coisas consideradas Verdade existem tendo o ser humano como o seu ponto central e, ciente disso, o homem as utiliza, as emprega e as adapta.
Isto é, Deus fez surgir o ser humano neste mundo para administrar todos os fenômenos criados por Ele. Portanto, como um agente utilizador dessas criações, é evidente que podemos dizer que o homem (Eu) é a manifestação de Deus.
Detalhando um pouco mais, originariamente Deus não se regozija fazendo algo por si mesmo. É o homem que imagina diversas coisas e vai criando, fazendo arte. Tudo é o homem que, no lugar de Deus, o faz. Na realidade, Deus concedeu ao ser humano a liberdade de poder executar, expressar qualquer coisa.
Deus, sozinho, não consegue fazer nada. É com o ser humano que se inicia o “fazer arte” (pesquisar, desenvolver, reformar, criar) em tudo que existe neste mundo.
Além do mais, Deus fez surgir vários fenômenos, mas quem reconhece a existência de Deus é apenas o ser humano. E quem sente alegria saboreando a obra divina ilimitada, sentindo-a em seu íntimo, tendo ciência de Deus, é o ser humano. De fato, o homem é a manifestação de Deus e, pensando nisso, podemos ter certeza de que não existe ser mais sublime do que o homem.
  
O Eu dentro do Todo

 Aqui, é preciso chamar atenção sobre um ponto: como foi dito, o homem existe dentro de um Todo. A sua existência não é algo independente, simplesmente como homem. Não é possível pensar no homem fora deste contexto do Todo. Isto é, o indivíduo existe dentro de um todo em que está inserido. É necessário reconhecer que não se pode pensar no homem fora deste universo. Quando não está ciente deste fato, o ser humano se torna caprichoso, fazendo ocorrer algum fato inadequado.
Citando um exemplo corriqueiro: em relação às pessoas com as quais convivemos no cotidiano, quando nos deixemos levar pelas emoções e as menosprezamos, podemos ser menosprezados por elas e passarmos por situações desagradáveis. Este quadro está relacionado aos nossos caprichos, quando as coisas que desejamos não são como desejamos.
Um outro exemplo é com o clima – chover ou nevar –, que é um dos fenômenos que nos envolve. Reclamar do tempo é também um dos caprichos de pensar apenas nas próprias conveniências.
Todos nós fazemos refeições. Mas, se uma pessoa pensa que, por se tratar de seu próprio alimento, pode já na primeira garfada, percebendo que não é do seu agrado, jogar o restante fora, este ato também é um capricho de pensar apenas nas próprias conveniências. Neste caso também, certamente, receberá uma advertência de Deus (mishirassê). Deve ser esclarecido que, se o indivíduo estiver pensando que existe só ele (não existe quem fez o alimento, quem o serviu, etc.), isto é um pensamento equivocado.
Não apenas em relação às pessoas, mas é importante a conscientização de que nós vivemos numa interação com todas as coisas que nos envolve, onde se inclui o próprio homem. Em outras palavras, precisamos reconhecer que todas as coisas existentes neste mundo, todas as coisas que nos envolve, são matérias para a nossa arte.
Cientes disso, podemos compreender que reclamar das pessoas, sentir insatisfação no trabalho ou em relação aos fatos, a ira, a pressa, o receio, a tristeza, são coisas desnecessárias e sem fundamento, sem razão de ser, pois tudo é matéria para a nossa arte.
Ao tomar conhecimento de que não existe o Eu isolado do Todo, podemos entender a maioria das coisas do mundo e, compreendendo-as, é possível vivermos com discernimento e alegria.
  


Fonte: Revista PL  No. 151
Fonte: http://www.perfectliberty.org.br